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domingo, 23 de junho de 2013

Nutrição x Fertilidade





Cada vez mais, estudos comprovam que a alimentação adequada pode influenciar diretamente nas chances de engravidar. O estado nutricional antes e durante a gravidez é crítico tanto para a mãe quanto para o bebê, e vai determinar o bem-estar e a qualidade de vida de ambos.

   Quem está pensando em engravidar deve fazer um exame completo para avaliar desequilíbrios ou carências nutricionais. Reduzir o consumo dos aditivos químicos, produtos industrializados também é uma boa opção, já que ambos podem interferir na absorção de vitaminas e minerais essenciais. 
   O ideal seria se ao programar uma gravidez a mulher também se preocupasse em melhorar seus hábitos alimentares a fim de evitar problemas futuros. Em vez de pão branco, o integral; mais água e ômega 3, menos carne vermelha e mais peixe. Substituições que podem ser feitas tranquilamente no dia-a-dia ajudam a reduzir em até 80% a infertilidade causada por problemas ovulatórios. Quem dá a boa notícia são os médicos especializados em saúde pública da Harvard School of Public Health. Eles compilaram no livro The fertility diet (A Dieta da Fertilidade) os dados recolhidos ao longo de um estudo com cerca de 19 mil enfermeiras, durante oito anos.  
   Abaixo temos  pequenas mudanças alimentares que as mulheres podem fazer e que poderão ajudá-las a engravidar.
   Mas lembre-se, o objetivo não é emagrecer, e sim aumentar a fertilidade e ficar mais saudável.  Vamos lá com as dicas para os futuros Papais e Mamães:



Desnutrição x Excesso de Peso x Fertilidade
Tanto o baixo peso e o sobrepeso quanto à obesidade são fatores importantes que comprometem a fertilidade (masculina e feminina), alterando a ovulação ou diminuindo o número de espermatozóides.
Nutrição x Fertilidade
A nutrição tem um importante papel na fertilidade, pois a deficiência de vitaminas e minerais pode ser vista como um fator de risco para infertilidade, assim como o consumo excessivo de carboidratos simples (açúcares), gordura saturada, sódio e toxinas.

Dicas Nutricionais
  • Procure consumir alimentos ricos em vitamina B6 (carnes de aves, peixes, fígado, ovos, grãos de soja, aveia, produtos com trigo integral e nozes), pois estudos comprovam a eficiência dessa vitamina no controle hormonal e na diminuição dos sintomas da TPM;
  • Alimentos integrais e nozes possuem vitamina E, que aumenta a motilidade dos espermatozóides e auxilia o desenvolvimento de uma placenta mais saudável (diminui riscos de aborto);
  • O zinco (presente nas carnes, cereais integrais, fígado, frutos do mar, amêndoas), é um dos minerais mais importantes para a função reprodutiva, pois atua de forma direta sobre os hormônios sexuais, estimulando a fertilidade. O zinco é necessário para a produção de esperma e manutenção da potência masculina, tendo fama de aumentar a libido. Sabe-se ao certo que a carência de zinco provoca infertilidade e impotência;
  • O gengibre que pode ser utilizado em diversas preparações, como em sucos, chás, sopas, aperitivos e temperos, é conhecido por ser um alimento afrodisíaco, pois melhora a circulação para os órgãos genitais masculinos, auxiliando na ereção; e além disso aumenta a concentração do hormônio masculino (testosterona);
  • Procure aumentar o consumo de vitamina C (acerola, laranja, limão, goiaba, kiwi, brócolis, rúcula e pimentão), pois esta vitamina atua na função ovariana e no desenvolvimento dos óvulos e nos homens regula a produção de espermatozóides;
  • Os bioflavonoides fortalecem o útero para implantação do embrião, está presente em vegetais como brócolis, repolho e pimentão verde. Também se encontra nas uvas, laranja, tomate e vinho tinto;
  • Para evitar a deficiência de vitamina A, consuma alimentos com beta caroteno (cenoura, mamão, abóbora, brócolis, aspargos, espinafre) este nutriente é essencial para a produção normal de espermatozóides;
  • Com relação ao selênio (grãos integrais e ovos) assim como o zinco é importante para produção de um esperma saudável;
  • Estudos comprovam que há uma relação direta entre sensibilidade ao glúten e desordens reprodutivas na mulher, para isso é importante que essa intolerância seja diagnosticada e controlada;
  • Consuma alimentos fonte de arginina (carnes, aves, peixes, cereais integrais, castanhas), precursora do óxido nítrico, um dos componentes fundamentais na ocorrência da ereção. Ele promove a vasodilatação, importante para o bom funcionamento do aparelho reprodutor masculino, permitindo um maior fluxo sanguíneo;
  • Para os homens é interessante verificar o uso de anabolizantes, pois estes prejudicam o funcionamento dos testículos, resultando em uma produção de espermatozóides com baixa capacidade de fecundação;
  • Evite o consumo de alimentos com agrotóxicos, prefira os orgânicos, pois estudos mostram que a exposição aos agrotóxicos ao longo do tempo pode levar a distúrbios do sistema reprodutivo (como infertilidade, câncer de testículo, ma formações congênitas);
  • Também evite outros poluentes ambientais como o bisfenol A. Essa substância contida em embalagens plásticas pode passar para alimentos principalmente em altas temperaturas. Por isso evite consumir alimentos quentes ou aquecê-los em recipientes plásticos. O bisfenol A está relacionado com a diminuição da contagem de espermatozóides e piora da qualidade do esperma e em mulheres com a piora da fertilidade e irregularidades do ciclo menstrual.
  • Evite o consumo de álcool, pois além de afetar a qualidade do esperma, pode prejudicar a absorção de minerais essenciais ao organismo como o zinco, o selênio e o magnésio, antioxidantes, importantes na manutenção das células germinativas;
  • Para garantir uma boa função reprodutora, diminua o consumo de carboidratos refinados (açúcares), pois estes alimentos são pobres em vitaminas e minerais.