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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Nutrição e Envelhecimento



Para que o alimento se transforme em energia, as células do corpo necessitam de oxigênio. Porém, para isso liberam substâncias denominadas RADICAIS LIVRES.
Os Radicais Livres são moléculas instáveis ligadas à processos como:
  • Controle de inflamações
  • Combate às bactériaso
Estas moléculas, no entanto, danificam células sadias, podendo desencadear processos como câncer e envelhecimento precoce. As maiorias dos Radicais Livres são combatidas pelo próprio organismo e causam efeitos adversos.

Hoje em dia, hábitos de vida e a alimentação podem aumentar a produção de Radicais Livres e conseqüentemente aumentar o risco de desenvolvimento de câncer e envelhecimento:
  • Poluição
  • Stress
  • Cigarro
  • Bebidas alcoólicas
  • Alimentação rica em gorduras saturadas
  • Alimentação rica em alimentos de origem animal
  • Conservantes
  • Sol em excesso
  • Distúrbios do sono
  • Uso de medicamentos em excesso
  • Atividade física em excesso

Alguns nutrientes auxiliam no combate de Radicais Livres, chamados antioxidantes.

Os antioxidantes são produzidos pelo organismo ou ingeridos através da alimentação. São substâncias que combatem os Radicais Livres impedindo a destruição das células sadias. Existem vários tipos de antioxidantes:


Antioxidante
Fonte
CarotenóidesFígado, leite, gema de ovo, frutas vermelhas e amarelas, vegetais verdes, mandioquinha, abóbora, cenoura
Vitamina EÓleo de girassol, óleo de soja, azeite de oliva, alimentos verdes escuros
Vitamina CFrutas ácidas e verduras frescas
Vitamina AFígado, margarina, ovo, leite e seus derivados, azeite de oliva
Vitamina B12Carne vermelha, fígado, rim, carne de peru, leite e derivados, peixe, frutos do mar, ovo
SelênioCastanha do Pará, frutos do mar, miúdos, carne vermelha, frango
Manganês 
ZincoCarne vermelha, peixe, aves, leite e seus derivados.
MagnésioCereais integrais, castanhas, vegetais e frutas, sementes, leguminosas.


Alguns hábitos alimentares devem ser adotados para evitar o envelhecimento da pele:
  1. Hidratação: a ingestão de no mínimo 2 litros de água ao longo do dia garante uma hidratação adequada ao organismo, influenciando a hidratação e tez natural da pele.
  2. Praticar atividade física regularmente
  3. Ingerir alimentos ricos em fibras (frutas, verduras e cereais integrais), embora não sejam considerados antioxidantes participam do processo de erradicação dos Radicais Livres.
Recomendações Importantes:
  • Ingerir 2 litros de água por dia
  • Ingerir cereais integrais (arroz integral, pão integral)
  • Ingerir frutas, verduras e legumes diariamente.
  • Praticar atividade física regularmente com acompanhamento de um profissional especializado.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Receitas

Olá galera.. aí vai mais umas receitas nutritivas.

Caldo Verde Nutritivo

2 dentes de alho
1 colher de sopa de azeite de oliva
1/2 maço de couve manteiga
4 unidades médias de mandioquinha
Sal

Lavar os legumes. Picar a couve. Colocar a mandioquinha para cozinhar em pouca água. Na mesma água que cozinhar, bater no liquidificador até formar um creme. Acrescentar a couve e bater novamente. Em uma panela, dourar o alho no azeite.
Acrescentar o caldo de mandioquinha com couve e deixar apurar. Servir quente.

4 porções de 180 ml ou 3 conchas médias.


Filé de Peixe ao forno com alecrim e alcaparras

2 colheres de sopa de alcaparras
4 ramos de alecrim fresco
1 colher de sopa de azeite de oliva
Suco de 1 limão
4 filés de peixe
Sal

Colocar as alcaparras para dessalgar. Trocar a água no minimo 3 vezes. Temperar os filés de peixe com sal e limão. Sobre uma folha de papel aluminio, colocar cada filé com 1 ramo de alecrim, alcaparras e regar com azeite. Feche-os em forma de papelote e leve ao forno médio aquecido por 20 minutos


Suco de Abacaxi com hortelã

4 fatias grossas de abacaxi
2 copos de água
2 colheres de sopa de hortelã
Açucar

Bater todos os ingredientes no liquidificador, com a água gelada.
Aconselha-se não coar o suco, para melhor aproveitamento das fibras.

4 copos de 200 ml


Até a próxima =)
Quem tiver alguma sugestão ou pedido de receitas, fique a vontade.

sábado, 24 de setembro de 2011

Gastrite!!!



Em entrevista exclusiva fornecida ao site Nutritotal, a nutricionista Iara Lewinski, nutricionista do Ganep, especialista em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina e em Nutrição da Criança e do Adolescente pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, tira algumas dúvidas relacionadas com nutrição e gastrite.

Confira abaixo:

1. Quais são as causas da gastrite?
Além da gastrite bacteriana (esta é a causa principal de gastrite?)não é a principal, pode deixar assim como esta, como uma das causas (é a causa mais estudada), causada pela infecção da bactéria Helicobacter pylori, outros motivos podem levar a irritação ou inflamação da mucosa gástrica, que passa a não suportar mais um elevado conteúdo ácido. São eles:

Estresse;
Substâncias irritantes (como medicamentos);
Drogas (como a cocaína);
Fumo;
Álcool;
Substâncias corrosivas (como produtos de limpeza);
Elevados níveis de radiação (na radioterapia, por exemplo);
Algumas doenças auto-imunes;
Algumas doenças digestivas, como doença de Crohn;
Certas espécies de vírus, parasitas e outras bactérias.

2. Existe uma dieta especial para os diferentes tipos de gastrites ou todos os alimentos têm o mesmo efeito em todos os casos?

De maneira geral, a dieta segue o mesmo padrão: o fracionamento de cinco a seis refeições diárias e devem ser evitados os alimentos irritantes e estimulantes de secreção gástrica.

Portanto, nas diferentes fases da doença a dieta recebe as mesmas orientações, mas com diferentes enfoques. . Por exemplo, na gastrite aguda, a dietoterapia consiste em recuperar a mucosa gástrica. Já na gastrite crônica, a dietoterapia consiste em evitar o avanço das lesões e proteger a mucosa gástrica.


3. Quais alimentos ajudam a controlar os sintomas da gastrite e quais alimentos acentuam o desconforto?

Estão separados em duas listas os alimentos que contribuem para controlar os sintomas da doença e outros que devem ser evitados, pois aumentariam o desconforto. Seguem abaixo:

Alimentos que contribuem para controlar os sintomas da gastrite:

Água, chá de frutas e ervas, suco de frutas diluído;
Frutas, gelatina, mingaus;
Leite (combinado a outro alimento) e iogurte desnatado ou light;
Queijos brancos;
Carnes brancas e magras (peixe, frango, perú);
Purês, batata, mandioquinha, suflês, vegetais cozidos;
Geleias, mel, margarina light em quantidade moderada;
Sopas de vegetais e carne.

Alimentos que devem ser evitados:

Condimentos (pimenta-do-reino e a vermelha);
Álcool;
Alimentos estimulantes, como café, chá mate, chá preto, chocolate;
Temperos industrializados, como caldo de carne, maionese, molho tártaro, Extrato ou molho de tomate, molho de soja (shoyo), molho inglês, molho de salada;
Refrigerantes;
Frutas ácidas e tomate;
Carne processadas: presunto, mortadela, copa, lombo, salsicha, linguiça, salame;
Alimentos gordurosos em geral;
Goma de mascar.

Todos estes alimentos são proibidos para não aumentarem a secreção gástrica. Se necessário, faz-se uma suplementação nutricional para evitar deficiências de micronutrientes e não prejudicar a cicatrização tecidual. De qualquer maneira, é importante testar os alimentos que causam desconforto gástrico e assim retirá-los da alimentação.

4. Recomenda-se evitar somente o consumo de frutas ácidas?

Sim. As únicas frutas que devem ser evitadas são aquelas mais ácidas (como laranja, limão, mexerica, entre outras) e frutas que não estejam maduras. É importante lembrar que cada organismo reage diferentemente aos alimentos, então não existe uma lista estabelecida de frutas a serem evitadas, e sim aquelas que causem desconforto ao paciente. Deve-se evitar também a ingestão de sucos ácidos concentrados (limão, laranja). O ideal é diluí-los.

O consumo de outras frutas é recomendado, pois são de fácil digestão, ricas em fibras alimentares, ajudam a manter a hidratação e fornecem vitaminas importantes para manutenção da saúde do indivíduo.

5. Quais dicas nutricionais são importantes para estes pacientes?

Paciente com gastrite está com a mucosa gástrica fragilizada, por isso deve-se poupá-la de maiores esforços. Assim, além da dieta específica, o paciente deve se alimentar em ambientes calmos e mastigar bem o alimento antes de engolir, para facilitar a digestão.

Refeições com grandes volumes de alimentos também vão exigir trabalho extra do sistema digestório. Por isso, recomenda-se uma alimentação fracionada, em que o paciente deve comer mais vezes no dia, em menores quantidades. Esta recomendação também visa diminuir o tempo de jejum, que acidificaria o meio estomacal, aumentando as crises de gastrite. A refeição à noite deve ser leve e de fácil digestão.

Os alimentos devem ser mais abrandados, ou seja, bem cozidos e ingeridos em temperatura morna para que proporcionem uma digestão mais facilitada e recuperação da mucosa gástrica.

6. Quais alimentos possuem propriedades nutricionais especiais que podem aliviar o desconforto da gastrite?

Ovo: Estudos descrevem a importância dos ovos como fonte de uma imunoglobulina específica, capaz de reduzir a inflamação gástrica causada pela bactéria H. pylori.

Brócolis e broto de brócolis: estudos demonstraram que o Sulforaphane, substância abundante nos brócolis e broto de brócolis, inibe a infecção causada pela bactéria H. pylori, devido ao potencial efeito bactericida desta substância.

Cenoura: estudos relatam relação inversa entre concentração de beta-caroteno, substância presente na cenoura, e risco de gastrite. Ou seja, a ingestão frequente de cenoura pode ajudar a minimizar os riscos de desenvolvimento de gastrite.

Água de coco: esta bebida possui propriedades antioxidantes, além de conter proteínas, gorduras e minerais, como sódio, potássio, magnésio e cálcio. Por isso, a água de coco além de ser excelente bebida hidratante, ainda protege o organismo contra a ação dos radicais livres. Estudo científico verificou diversas propriedades funcionais na associação de água de coco com caju, como prevenção do câncer, prevenção da Helicobacter pylori causadora da gastrite aguda e propriedades antioxidantes.

Iogurte: devido à fermentação, o iogurte tem fácil digestão (seis vezes mais digerível que o leite). A caseína, proteína do leite e derivados, é facilmente degradada em aminoácidos pelo suco gástrico e disponível para a absorção.


7. O que comer na hora da crise? Como obter esse alívio instantâneo?

Para alívio imediato o tratamento mais utilizado é o uso de antiácidos. O chá de espinheira-santa verdadeira, planta nativa da região do sul do Brasil, também é utilizada principalmente para o tratamento de gastrites e úlceras estomacais.
Após o alívio da dor, o paciente deve seguir com dieta específica para gastrite, conforme descrita anteriormente.

O leite não deve ser consumido nesse momento, pois produz uma sensação de alívio imediato, mas é acompanhado de um “efeito rebote” que aumenta a secreção gástrica.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Enxaqueca!!!



Enxaqueca: A Alimentação Pode Ajudar?

Cefaléia é o termo médico utilizado para definir dor de cabeça. Estudos mostram que 90 a 100% das pessoas têm ou terão crises de dor de cabeça ao longo da vida.
A cefaléia pode ser dividida em primária e secundária. Quando é o sintoma de alguma doença, é chamada secundária, como por exemplo, em casos de infecções, aneurismas, tumores cerebrais entre outras situações. Quando a dor é por si só a manifestação principal da doença, é chamada cefaléia primária, como é o caso da enxaqueca.
A enxaqueca é uma doença comum, incapacitante, caracterizada por crises de dor pulsátil e latejante em um lado ou em ambos os lados da cabeça. Uma crise pode durar de 3 horas a 3 dias, podendo ser precedida por alteração de humor, irritabilidade e depressão, alteração do apetite, alterações na visão com sensibilidade à luz, sensibilidade ao barulho, náuseas, vômitos, fraqueza, tontura e diarréia. A enxaqueca é uma das principais causas de incapacidade e perda produtiva no trabalho.
A interação entre enxaqueca e nutrição é um tema amplo e polêmico e existem muitos mitos e verdades sobre o assunto, que serão elucidados a seguir.
Fatores nutricionais desencadeantes da enxaqueca
Os alimentos mais citados pela literatura como desencadeantes da enxaqueca são: doces (açúcar), álcool, adoçantes, glutamato monossódico, nitritos, cafeína e alimentos que contém tiramina. O jejum prolongado é considerado um comportamento alimentar que também pode desencadear o problema.
A suscetibilidade a determinado alimento depende de cada indivíduo, por isso é importante que o paciente preste atenção na alimentação e qual o alimento ocasiona uma crise de enxaqueca.
Vários são os fatores alimentares desencadeantes de crises de enxaqueca, mas muito mais freq-entes são os mitos relacionados a eles.
Os alimentos capazes de desencadear a enxaqueca possuem em sua composição substâncias capazes de provocar alterações no calibre dos vasos sanguíneos do encéfalo, primeiramente diminuindo-os e em seguida aumentado-os. São estas alterações do diâmetro das veias que provocam mudanças na visão e dores de cabeça, ou a enxaqueca clássica.
Doces, açúcar e álcool – quando há um aumento do consumo desses alimentos, pode acontecer hipoglicemia. O organismo reconhece uma “falta” de energia no cérebro para seu funcionamento normal e utiliza outros mecanismos para manter os níveis de glicose cerebral. Um dos mecanismos é o aumento da produção de catecolaminas (gerando vasoconstrição dos vasos sanguíneos), que tem como conseq-ência o aumento da freq-ência cardíaca, da temperatura, irritabilidade e a produção de prostaglandinas que causam vasodilatação e por conseq-ência a enxaqueca.
Adoçantes – Segundo estudos da literatura, o consumo de 30mg de aspartame por dia pode aumentar em até 9% o risco de enxaqueca em indivíduos predispostos.
Glutamato monossódico – tempero muito utilizado nas cozinhas orientais, pode inibir a absorção de glicose por parte das células cerebrais, desencadeando o problema.
Nitritos – utilizados para realçar a coloração e o aspecto dos alimentos, é utilizado em embutidos. Possuem ação vasodilatadora, ocasionando a cefaléia.
Cafeína – está presente no café, chá mate, guaraná, cacau e chocolate. Tem ação vasodilatadora nos vasos sanguíneos do corpo e ação vasoconstritora dos vasos sanguíneos do cérebro.
Tiramina – está presente em queijos amarelos, chocolates, vinagre, bebidas alcoólicas, iogurtes, lentilha, amendoim e sementes, que devem ser evitados por quem tem predisposição à enxaqueca.

Dicas alimentares para evitar episódios de enxaqueca:
- Adequar o consumo de carboidratos, especialmente os carboidratos complexos (cereais, massas, pães, farináceos, etc), já que o cérebro utiliza os nutrientes provenientes destes alimentos como fonte de energia em todas as suas funções.
- É importante acrescentar frutas na dieta, pela maior quantidade de vitaminas, minerais e fibras que possuem, sendo esses nutrientes que atuam no bom funcionamento do organismo.
- O selênio, um mineral envolvido no funcionamento do sistema nervoso central, também pode ser eficiente no controle do problema. O consumo de apenas uma unidade de castanha-do-pará é suficiente para se alcançar às quantidades recomendadas diariamente.
- O fracionamento da dieta deve acontecer com a ingestão de seis pequenas refeições ao dia, evitando os jejuns prolongados, que são considerados causadores de crises de enxaqueca.
- Todas as bebidas alcoólicas podem causar enxaqueca, porém os vinhos tintos são mais prováveis de provocar a dor devido ao seu conteúdo de taninos. Evitar o consumo de várias doses, pois pode aumentar a possibilidade de uma crise de enxaqueca.
- Estudos sugerem que baixos níveis de magnésio facilitariam o desenvolvimento da vasoconstrição que acarretaria a enxaqueca. Portanto é importante ingerir alimentos fontes desse mineral, como as folhas verdes escuras, soja, leguminosas, castanhas, cereais como aveia, arroz integral, pães integrais, carnes, peixes (salmão) e ovos.
- Assim como o magnésio, a vitamina B2 seria eficaz na prevenção e tratamento da enxaqueca. O mecanismo pelo qual estes nutrientes agem na enxaqueca é incerto, mas é possível que ocorra estabilização de membrana celular e melhora da função mitocondrial. As principais fontes de vitamina B2 são leite, queijos (especialmente ricota e requeijão), iogurtes, carnes magras, ovos e vegetais verdes.


Fonte: RG Nutri

sábado, 18 de junho de 2011

Nutrigenômica x Nutrição


Nutrigenômica é definida como uma ciência que estuda genes específicos e componentes bioativos dos alimentos conjuntamente com suas possíveis interações (LAMPE, 2006), ou seja, o estudo da nutrigenômica determina a influência dos componentes da dieta no genoma humano, tentando relacionar as interações ocorridas com os diversos tipos de fenótipos celulares (MUTCH et al., 2005).

A nutrigenômica surgiu no contexto do pós-genoma humano e é considerada área-chave para a nutrição nesta década. Seu foco de estudo baseia-se na interação gene-nutriente, que pode ocorrer de duas formas: nutrientes e compostos bioativos dos alimentos (CBAs) que influenciam o funcionamento do genoma e variações no genoma que influenciam a forma pela qual o indivíduo responde à dieta (FIALHO, 2008).

O objetivo da nutrigenômica é caracterizar um fenótipo saudável, tornando possível a distinção entre o estado saudável do estado predisposto a adquirir alguma doença, podendo assim intervir com dietas pertinentes ao estado gênico do indivíduo (LAMPE, 2006). Através de dietas personalizadas, com base no genótipo, a ciência visa a promoção da saúde e a redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, o câncer, o diabetes, entre outras (FIALHO, 2008).
Os alimentos são dotados de nutrientes e compostos bioativos que desencadeiam efeitos moleculares, benéficos ou não ao organismo, dependendo de quais genes apresentam sua atividade alterada. Os alimentos funcionais, por exemplo, são conhecidos por gerarem benefícios ao organismo; no entanto, este efeito não é similar em todas as pessoas e sim, dependente das características genéticas individuais: um indivíduo pode ser mais suscetível às propriedades funcionais que outro (GARCIA-CASAL, 2007). Nesse sentido, interesse tem sido atribuído à capacidade que nutrientes e estes compostos têm de alterar a expressão gênica.
Nossa alimentação é composta por inúmeras moléculas químicas nutricionais, sendo cada uma capaz de regular diferentes processos biológicos. Por isso, a nutrição é uma verdadeira ciência integradora que está bem posicionada por meio da ciência da nutrigenômica, que busca explorar todas as variáveis em vez de se manter estagnada em conceitos já aceitos (ZEISEL, 2008).
Atualmente, existe grande expectativa em torno da ciência da nutrigenômica, uma vez que com o sucesso dos objetivos propostos, será possível orientar dietas personalizadas. Desta maneira, cada pessoa receberia uma orientação individualizada, que atenderia às suas variadas necessidades fisiológicas.

Uma intervenção nutricional baseada em conhecimentos específicos, como o requerimento individual de acordo com as características genéticas individuais, pode tanto prevenir como auxiliar no tratamento e cura de doenças. Isto porque já se tem o conhecimento de alguns genes que estão diretamente relacionados com o desenvolvimento de doenças, como diabetes, osteoporose, cardíacas, entre outras. Portanto, dependendo do tipo de alimentação esses genes são expressos de maneiras inadequadas, gerando posteriores riscos à saúde (GARCIA-CASAL, 2007).

A nutrigenômica, portanto, vem sendo cada vez mais discutida. Alguns estudiosos denotam os pontos positivos, enquanto outros, os negativos. Lampe (2006) cita que ainda há pouca tecnologia padronizada para tal análise, além de existirem limitações quanto à distinção do grau de benefício ou malefício ocasionado por meio da dieta. Ainda há outros autores que simplificam a discussão, dizendo que a nutrigenômica não é necessária para as intervenções a fim de minimizar os riscos de doenças e que a melhoria da saúde pública seria mais efetiva se os esforços fossem focados na mudança de comportamento alimentar da população.

Apesar de todos os pós e contras, há expectativas de que em um futuro muito próximo as novas pesquisas forneçam informações suficientes para agregar inovações no ramo de intervenções nutricionais otimizadoras da homeostase metabólica de acordo com constituição genética individual (PALOU, 2007).

Fonte: RG Nutri

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Feliz Páscoa!!!

                                                      

Do ponto de vista nutricional, o chocolate pode ser considerado nutritivo desde que consumido com moderação. É fonte de proteínas, carboidratos, gorduras, cálcio, ferro, fósforo e potássio.
O problema está na grande quantidade de calorias derivadas da gordura e açúcar. Para se ter idéia, comer 100 gramas de chocolate ao leite é a mesma coisa que comer um Hambúrguer com batatas fritas pequenas e um copo pequeno de coca-cola.

O chocolate é considerado o alimento que causa mais impacto no estado de humor, e talvez esse seja um dos motivos que o leve a ser o mais aceito em todo o mundo.

Já encontramos no mercado a opção de ovos light com redução de 25% nas calorias.
Já os ovos de chocolate diet, são isentos de sacarose, ideal para os diabéticos, porém as calorias são as mesmas, pelo fato de ser composto por uma quantidade maior de gordura hidrogenada.
Para as pessoas com intolerância à lactose e glúten, foi lançado no mercado um ovo a base de soja e isento de glúten.
 
A seguir vamos dar dicas para você não exagerar no consumo de chocolates durante a Páscoa.

- Coma devagar e não devore o ovo inteiro em um só dia, pois o estômago não consegue digerir todo o açúcar presente no chocolate, e com isso o manda para o intestino, onde as bactérias vão agir. Como a fermentação desencadeada por elas gera compostos estranhos, o corpo manda água ao local para dissolvê-los. Tudo isso leva a pessoa a ter diarréia;

- além de ser muito rico em gorduras e açúcares simples, também possui cafeína, substância presente no café e chá preto, e que quando ingerida em grande quantidades causa irritabilidade e aceleração no metabolismo;

- prefira o chocolate amargo ou ao leite, porque ambos trazem benefícios ao organismo. Evite consumir chocolate branco, que por não conter massa de cacau acaba não proporcionando benefícios;

- opte pelo ovo de páscoa pequeno. Fuja dos ovos com avelãs, mousse, marshmallow e crocante pois eles engordam muito mais.
 
 
                                            Não esqueçamos do verdadeiro e maior sentido da Páscoa:
                                                   Jesus ressuscitou e está Vivo em Nosso meio!!!!
                   

sexta-feira, 25 de março de 2011

Alimentos funcionais!!!



A sociedade moderna tem se tornado cada vez mais complexa, modificando os padrões de vida. As pessoas freqüentemente mostram sintomas de cansaço, depressão e irritação, ou mais comumente uma forma de estresse. Apesar disto, a baixa incidência de doenças em alguns povos chamou a atenção para a sua dieta. Os esquimós, com sua alimentação baseada em peixes e produtos do mar ricos em ácidos graxos poliinsaturados das famílias ômega 3 e 6, têm baixo índice de problemas cardíacos, assim como os franceses, devido ao consumo de vinho tinto, o qual apresenta grande quantidade de compostos fenólicos. Os orientais devido ao consumo de soja, que contém fitoestrogênios, apresentam baixa incidência de câncer de mama.
Nestes países, o costume de consumir frutas e verduras também resulta numa redução do risco de doenças coronarianas e de câncer, comprovada por dados epidemiológicos.
“Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na década de 80, através de um programa de governo que tinha como objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida” (ANJO, 2004).
Os vários fatores que têm contribuído para o desenvolvimento dos alimentos funcionais são inúmeros, sendo um deles o aumento da consciência dos consumidores, que desejando melhorar a qualidade de suas vidas, optam por hábitos saudáveis.

Os alimentos funcionais devem apresentar propriedades benéficas além das nutricionais básicas, sendo apresentados na forma de alimentos comuns. São consumidos em dietas convencionais, mas demonstram capacidade de regular funções corporais de forma a auxiliar na proteção contra doenças como hipertensão,diabetes, câncer, osteoporose e coronariopatias, depressão e etc.. Alimentos funcionais são todos os alimentos ou bebidas que, consumidos na alimentação cotidiana, podem trazer benefícios fisiológicos específicos,graças à presença de ingredientes fisiologicamente saudáveis.
Confira:

Alimentos
Componentes ativos
Propriedades funcionais


Soja e derivados
Isoflavonas



Proteína da Soja
Ação estrogênica (reduz sintomas da menopausa ) e pode levar a prevenção de alguns tipos de câncer.

Reduz níveis de colesterol
Peixes como sardinha, salmão, atum, anchova, truta.
Ácidos graxos Ômega 3
Redução de LDL- colesterol e ação antiinflamatória.
Óleos de linhaça, soja, nozes, amêndoas, castanhas e azeite de oliva
Ácido graxo poliinsaturado – (linoléico)
Estimula o sistema imunológico, tem ação antiinflamatória e pode reduzir o risco de doença cardiovascular.
Azeite, óleo de canola, azeitonas, abacate e frutas oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas)
Ácido graxo monoinsaturado (oléico)

Ação antiaterogênica, anticancerígena, imunológica, hipotensora

Chá verde, cerejas, amoras, framboesas, uva roxa, mirtilo e vinho tinto
Catequinas e resverastrol
Podem prevenir certos tipos de câncer,
inibem a agregação plaquetária, reduzem o colesterol e estimulam o funcionamento do sistema imunológico
Tomate e derivados (molho de tomate, suco de tomate), goiaba vermelha, pimentão vermelho e melancia (frutas avermelhadas)
Licopeno

Ação antioxidante, reduz níveis de colesterol e podem prevenir o risco de certos tipos de câncer, principalmente o de próstata
Folhas verdes em geral
Ação antioxidante
Protegem contra degeneração macular
(alterações na visão)
Cenoura, manga, abóbora, pimentão vermelho e amarelo, acerola e pêssego (frutas alaranjadas)

Betacaroteno
Precursor da vitamina A


Ação hipotensiva
Couve-flor, repolho, brócolis, couve de bruxelas, rabanete e mostarda

Indóis e isotiocianatos

Indutores de enzimas protetoras que podem proteger contra alguns tipos de câncer, principalmente o de mama
Soja, frutas cítricas, tomate, pimentão, alcachofra, cereja e salsa
Flavonóides

Podem prevenir o risco de certos tipos de câncer.
Ação vasodilatadora, antiinflamatória e antioxidante
Aveia, centeio, cevada, leguminosas (feijões, ervilha, lentilha), frutas com casca
Fibras solúveis e fibras insolúveis

Podem auxiliar na redução do risco para câncer de cólon e o bom funcionamento intestinal
Auxiliam no controle da glicemia (fibras solúveis) e aumentam a sensação de saciedade
Alho e cebola Sulfetos alílicos

(alil sulfetos)
Podem auxiliar na redução de colesterol, pressão sangüínea, do risco para câncer gástrico e auxiliar os processos do sistema
Imunológico.
Linhaça, noz-moscada
Ligninas
Podem auxiliar na inibição da formação de alguns tipos de tumores
Maçã, manjericão, manjerona, sálvia, uva, caju, soja

Taninos
Ação antioxidante, anti-séptica e vasoconstritora
Óleos vegetais
Estanóis
Podem auxiliar na redução de doenças cardiovasculares
Leites fermentados, iogurtes e outros produtos lácteos fermentados
Probióticos – bifidobactérias e lactobacilos

Favorecem funções gastrointestinais, com redução de obstipação e podem auxiliar na prevenção do câncer de cólon
Vegetais como chicória, alcachofra

Prebióticos – frutooligossacarídeos
Ativação da microflora intestinal, favorecendo o bom funcionamento do intestino

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tensão Pré-menstrual


 

                   

Suplemento alimentar pode aliviar sintomas da TPM, diz estudo

Cápsula com ácidos graxos reduziu em até 74% os efeitos da tensão.


O fim da tensão pré-menstrual (TPM) pode estar mais próximo. Um estudo feito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) renova a esperança de quem convive com o problema. Segundo os pesquisadores, ingerir uma cápsula de ácidos graxos por dia é capaz de reduzir em mais da metade os sintomas.

Os ácidos graxos são um tipo de gordura essencial para o organismo, mas não são produzidos pelo corpo humano. Estão presentes em quantidade reduzida em alimentos como peixes, óleos de linhaça, de fígado e de bacalhau. Por isso, alguns médicos os recomendam em forma de suplemento na dieta.

Participaram do estudo 120 mulheres entre 17 e 37 anos diagnosticadas com o problema. Elas foram acompanhadas durante oito meses: dois antes do início do tratamento e seis durante a ingestão das cápsulas. Um grupo recebeu uma pílula com 1 grama de ácidos graxos, outro recebeu 2 gramas e o terceiro tomou placebo. Além disso, diariamente as voluntárias preenchiam uma escala de marcadores para descrever a intensidade dos sintomas.

Ao final do período, todos os grupos tiveram melhora, sem apresentar alteração nos níveis de colesterol: o primeiro grupo afirmou ter reduzido os sintomas em 64%, o segundo grupo em 74% e o terceiro, em 16%. "Os primeiros sinais de melhora surgiram depois de três meses e não houve relato de efeitos colaterais", afirmou Edilberto Rocha Filho, autor do estudo e médico-assistente do Departamento de Ginecologia da UFPE.


Alimentação

Sintomas mais comuns e sua relação com os alimentos a TPM é reconhecida atualmente como um problema hormonal, que afeta as mulheres no periodo de aproximadamente 10 dias antes da menstruação, com alguns sintomas caracteristicos de irritabilidade, nervosismo, ansiedade, mudanças de humor, depressão, retensão hidrica, dores nas mamas, insônia, dor de cabeça, compulsão alimentar e desejos por doces. A deficiência de alguns micronutrientes pode causar  TPM, e os sintomas podem ser minimizados através da alimentação e suplementação de minerais e vitaminas. Sabe-se também que a desregulação da insulina pode causar alteração em todos os hormônios, inclusive nos hormônios sexuais. A necessidade aumentada de ingestão de chocolates e doces tem causa fisiológica e também nutricional: como a mulher fica mais instável emocionalmente pela diminuição de serotonina, que é o neurotransmissor responsável pelo bem-estar e tranquilidade, os doces oferecem indiretamente um precursor desse hormônio, dando sensação de saciedade e calma. Entretanto, a cafeína e o açúcar presentes no chocolate aumentam a irritação e a retensão hidrica.
Para controlar a vontade de comer doces, não fique muito tempo com o estômago vazio. Tente fazer pequenas refeições a cada 3 horas, abusando das frutas. Durante a TPM, evite consumir café, chá preto, mate, guaraná, refrigerantes a base de cola e alimentos industrializados. Esses alimentos contém aditivos quimicos que aumentam as crises de dor de cabeça e desidratar o organismo. Evitar bebidas que contenham açúcar ou sabeor muito doce. Além de estarem relacionadas com o aumento da TPM, também induzem a retenção de sódio, que por sua vez causará a expansão do volume da célula, inchaço abdominal e mamário. Além disso, reduzir a ingestão de sal, pois está relacionado a retenção de liquidos e ao ganho de peso, característicos dessa fase.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Curiosidades!!!





Você sabia:

... que o azeite de oliva extravirgem é rico em compostos fenólicos que lhe conferem propriedades antiaterogênicas, antiinflamatórias e antioxidantes?
... que o composto fenólico mais "característico" do azeite de oliva se chama oleuropeína?
... que a castanha do Pará, conhecida internacionalmente como "Brazil nut", é uma importante fonte de selênio (mineral antioxidante)? Vários estudos demonstram que a ingestão suplementar de apenas 1 castanha diariamente - em torno de 5 g - é suficiente para aumentar os níveis séricos de selênio e a atividade da glutationa peroxidase (uma enzima dependente de selênio que faz parte da defesa antioxidante do organismo).
... que, além do licopeno, o tomate contém ácido ferúlico, que preserva os neurônios da degeneração provocada pelo stress oxidativo, protegendo contra o Mal de Alzheimer, a Doença de Parkinson e a demência senil?
... que a aveia é muito rica em fibras solúveis, especialmente beta-glucanas, e que elas lhe conferem propriedades que auxiliam no controle da hipertensão arterial, dislipidemias e diabetes mellitus, além de modular a resposta imunológica intestinal?